Fitoterapia: a ciência milenar das plantas medicinais

A fitoterapia, prática que utiliza plantas medicinais para tratar e prevenir doenças, é uma ciência que tem sido parte integrante do tratamento das mais diversas doenças há milénios. Esta prática, que alia sabedoria ancestral e avanços científicos modernos, consiste numa abordagem vital e eficaz para a saúde e bem-estar.

A importância histórica da fitoterapia

Desde tempos imemoriais, as plantas medicinais têm sido utilizadas por diversas culturas para tratar uma ampla gama de condições de saúde. No antigo Egipto, por exemplo, os registos médicos fazem referência ao uso de alho e cebola para promover a resistência física.

Já os textos ayurvédicos da Índia e os tratados de medicina tradicional chinesa também documentam uma vasta gama de plantas utilizadas para fins terapêuticos.

Por outro lado, na Europa medieval, a fitoterapia era uma das principais formas de tratamento antes do desenvolvimento da medicina moderna.

A fitoterapia na ciência moderna e integração com a medicina convencional

Com o advento da ciência moderna, a fitoterapia passou a ser estudada de forma sistemática e rigorosa. A pesquisa científica tem confirmado muitos dos benefícios que os nossos antepassados já conheciam, para além de descobrir ainda novas propriedades medicinais das plantas.

Hoje, a fitoterapia é frequentemente aliada à medicina convencional, formando uma abordagem complementar ao tratamento de diversas condições. Profissionais de saúde reconhecem que os compostos naturais presentes em elementos vegetais podem atuar sinergicamente com medicamentos prescritos, potencializando os seus efeitos e minimizando os riscos.

Um caso inédito bem recente

Um exemplo fascinante do uso de plantas medicinais por animais foi observado recentemente: um orangotango foi visto a curar uma ferida com uma planta medicinal (Diário de Notícias 2024 & Jornal de Notícias 2024). Este incidente demonstra que o conhecimento das propriedades curativas das plantas não é exclusivo dos humanos.

Os orangotangos, como outros primatas, têm uma profunda conexão com a Natureza e utilizam instintivamente os recursos disponíveis para a sua saúde e bem-estar.

Benefícios da fitoterapia

A fitoterapia oferece uma série de vantagens que a tornam uma escolha atraente para muitas pessoas:

• Naturalidade: As plantas medicinais são produtos naturais, o que reduz o risco de efeitos colaterais adversos quando comparado a medicamentos sintéticos;
• Prevenção e tratamento: A fitoterapia pode ser usada tanto para prevenir quanto para tratar doenças;
• Acessibilidade: Muitas plantas medicinais são facilmente acessíveis e podem ser cultivadas em jardins ou compradas em forma de suplementos ou produtos naturais;
• Custo-efetividade: Em muitos casos, os tratamentos fitoterápicos são mais económicos do que os medicamentos convencionais.

Conclusão

A fitoterapia representa uma ponte entre o passado e o futuro da medicina. A observação de comportamentos naturais, como o uso de plantas medicinais por animais, reafirma a importância universal desta prática.

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Referências bibliográficas

Cleveland Clinic (n.d.). Phytotherapy. Retirado a 12 de junho, 2024 de: https://my.clevelandclinic.org/health/drugs/22995-phytotherapy

Diário De Notícias (3 de maio, 2024). Orangotango é o primeiro animal observado a curar ferida com uma planta medicinal. Retirado a 6 de junho, 2024 de: https://www.dn.pt/7772845520/orangotango-e-o-primeiro-animal-observado-a-curar-ferida-com-uma-planta-medicinal/

Ferreira, T., Moreira, C., Cária, N. Z., Victoriano, G., Silva, W., Jr, & Magalhães, J. (2014). Phytotherapy: an introduction to its history, use and application. Revista Brasileira De Plantas Medicinais, 16(2), 290–298. https://doi.org/10.1590/s1516-05722014000200019

Jornal de Notícias (3 de maio, 2024). Orangotango é o primeiro animal observado a curar ferida com planta medicinal. Retirado a 6 de junho, 2024 de: https://www.jn.pt/6426956492/orangotango-e-o-primeiro-animal-observado-a-curar-ferida-com-planta-medicinal/